sábado, 18 de dezembro de 2010

Papiloma vírus Humano (HPV)

O que é o Papilomavírus Humano (HPV)?

O HPV é um vírus comum que afeta tanto homens quanto mulheres. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV. (1) Certos tipos de HPV causam verrugas comuns nas mãos e nos pés. (4) A maioria dos tipos de HPV não causa nenhum tipo de sintoma e desaparece sem tratamento. (1)


Cerca de 30 tipos de HPV são conhecidos como HPV genitais porque eles afetam a área genital. (1) Alguns tipos provocam mudanças nas células do revestimento do colo do útero. Caso não sejam tratadas, estas células anormais podem se tornar células cancerosas. Outros tipos de HPV podem causar verrugas genitais e mudanças benignas (anormais, mas não cancerosas) no colo do útero.


Quais as formas de prevenir a transmissão do HPV genital?

Não existe forma de prevenção 100% segura, já que o HPV pode ser transmitido até mesmo por meio de uma toalha ou outro objeto. Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre 70% e 80% das transmissões, e sua efetividade não é maior porque o vírus pode estar alojado em outro local, não necessariamente no pênis.

*Inst Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, São Paulo

sábado, 11 de dezembro de 2010

H1N1


Gripe H1N1

O surto atual da gripe H1N1, ou influenza A, é provocado pelo vírus H1N1 da influenza do tipo A. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína, que infectaram porcos simultaneamente.
O período de incubação varia de 3 a 5 dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias. Experiências recentes indicam que esse vírus não é tão agressivo quanto se imaginava.
Segundo a OMS e o CDC (Center for Deseases Control), um centro de controle de enfermidades, nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius).

Sintomas da gripe H1N1

Os sintomas da gripe H1N1 são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes. No entanto, requer cuidados especiais a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38º, 39º, de início repentino, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço e inapetência. Em alguns casos, também podem ocorrer vômitos e diarréia.

Diagnóstico

Existem testes laboratoriais rápidos que revelam se a pessoa foi infectada por algum vírus da gripe. No caso do H1N1, como se trata de uma cepa nova, o resultado demora aproximadamente 15 dias. No entanto, nos Estados Unidos, já foram desenvolvidos “kits” para diagnóstico, que aceleram o processo de identificação do H1N1.

Vacina da Gripe

A vacina contra a influenza tipo A é feita com o vírus (H1N1) da doença inativo e fracionado. Os efeitos colaterais são insignificantes se comparados com os benefícios quepode trazer na prevenção de uma doença sujeita a complicações graves em muitos casos.

Existe ainda uma vacina com ação trivalente, pois imuniza contra o H1N1 e o H3N2 da influenza A e contra o da influenza B.

É bom lembrar que a vacina contra gripe sazonal que está sendo distribuída atualmente no Brasil foi preparada a partir de uma seleção de subtipos de vírus que representavam ameaça antes de aparecer o H1N1, uma variante nova de vírus influenza tipo A.

Tratamento da Gripe

É de extrema importância evitar a automedicação. O uso dos remédios sem orientação médica pode facilitar o aparecimento de cepas resistentes à medicação Os princípios ativos fosfato de oseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) e já utilizados no tratamento da gripe aviária, têm-se mostrado eficazes contra o vírus H1N1, especialmente se ministrados nas primeiras 48 horas, que se seguem ao aparecimento dos sintomas.

Recomendações

Para proteger-se contra a infecção ou evitar a transmissão do vírus, o Center Deseases Control (CDC) recomenda:
* lavar freqüentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetá-las com produtos à base de álcool;

* jogar fora os lenços descartáveis usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar;

* evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes;

* não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo;

* não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal;

* suspender, na medida do possível, as viagens para os lugares onde haja casos da doença;

* procurar assistência médica se surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus da influenza tipo A.

Sarampo


Sarampo

O sarampo é uma doença infecto-contagiosa provocada pelo Morbili vírus e transmitida por secreções das vias respiratórias como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. O período de incubação, ou seja, o tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas, é de cerca de 12 dias e a transmissão pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas e estender-se até o quarto dia depois que surgiram placas avermelhadas na pele.
O sarampo é uma doença potencialmente grave. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro.

Sintomas do Sarampo

Além das manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular eritematoso), que começam no rosto e progridem em direção aos pés, podemos citar os seguintes sintomas: febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, perda do apetite e manchas brancas na parte interna das bochechas (exantema de Koplik).
Otite, pneumonia, encefalite são complicações graves do sarampo.

Diagnóstico

É feito através de exames clínicos e, quando necessário, confirmado por exame de sangue.

Tratamento

Na imensa maioria das vezes o tratamento é voltado para diminuir os sintomas como febre e tosse, ou para combater alguma complicação quando antibióticos sao usados.

Casos muito especiais podem necessitar medicação do tipo gama globulina anti-sarampo, visando o próprio vírus ou o reforço da capacidade de defesa geral.

Vacina

A vacina anti-sarampo é eficaz em cerca de 97% dos casos. Deve ser aplicada em duas doses a partir do nono mês de vida da criança. Exceção feita às mulheres grávidas e aos indivíduos imunossuprimidos, adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença na infância também devem tomar a vacina.

Recomendações

* não se descuide do programa de vacinação de seus filhos. A vacina contra o sarampo é a melhor forma de evitar a doença que pode ser grave, especialmente se elas estiverem debilitadas;

* procure saber a causa da doença de crianças que convivem com seus filhos. O sarampo é uma doença altamente contagiosa e de caráter epidêmico;

* não deixe de procurar atendimento médico se aparecerem manchas avermelhadas na pele de sua criança, mesmo que ela tenha sido vacinada contra o sarampo;

* investigue se você teve a doença na infância ou tomou a vacina quando criança. Em caso de dúvida é melhor procurar um centro de vacinação.


Fonte: http://www.drauziovarella.com.br

Medula Óssea


O que é medula óssea?
É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo e nos defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

Qual a diferença entre medula óssea e medula espinhal?
Enquanto a medula óssea, como descrito anteriormente, é um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos, a medula espinhal é formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral e tem como função transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo.

O que é transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante alogênico a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.


Quando é necessário o transplante?
Em doenças do sangue como a Anemia Aplástica Grave, Mielodisplasias e em alguns tipos de leucemias, como a Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia Linfóide Aguda. No Mieloma Múltiplo e Linfomas, o transplante também pode ser indicado.

Anemia Aplástica: É uma doença que se caracteriza pela falta de produção de células do sangue na medula óssea. Apesar de não ser uma doença maligna, o transplante surge como uma saída para 'substituir' a medula improdutiva por uma sadia.

Leucemia: É um tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos (leucócitos), afetando sua função e velocidade de crescimento. Nesses casos, o transplante é complementar aos tratamentos convencionais.

Como é o transplante para o doador?
Antes da doação, o doador faz um rigoroso exame clínico incluindo exames complementares para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 15%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde. Leia mais sobre a doação de medula.


Como é o transplante para o paciente?
Depois de se submeter a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras que, uma vez na corrente sangüínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e hemorragias. Por isso, deve ser mantido internado no hospital, em regime de isolamento. Cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos são necessários. Por um período de duas a três semanas, o paciente necessitará ser mantido internado e, apesar de todos os cuidados, os episódios de febre muito comuns. Após a recuperação da medula, o paciente continua a receber tratamento, só que em regime ambulatorial, sendo necessário em alguns casos o comparecimento diário ao Hospital-dia.

Quais os riscos para o paciente?
A boa evolução durante o transplante depende de vários fatores: o estágio da doença (diagnóstico precoce), o estado geral do paciente, boas condições nutricionais e clínicas, além, é claro, do doador ideal. Os principais riscos se relacionam às infecções e às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento. Com a recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova 'memória' e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer alguns órgãos do indivíduo como estranhos. Esta complicação, chamada de doença enxerto contra hospedeiro, é relativamente comum, de intensidade variável e pode ser controlada com medicamentos adequados. No transplante de medula, a rejeição é rara.


Quais os riscos para o doador?
Os riscos são poucos e relacionados a um procedimento que necessita de anestesia, sendo retirada do doador a quantidade de medula óssea necessária (menos de 15%). Dentro de poucas semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. Uma avaliação pré-operatória detalhada verifica as condições clínicas e cardiovasculares do doador visando a orientar a equipe anestésica envolvida no procedimento operatório.

O que é compatibilidade?
Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. Esta compatibilidade é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6, que devem ser iguais entre doador e receptor. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%.
O que fazer quando não há um doador compatível?
Quando não há um doador aparentado (geralmente um irmão ou parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é fazer uma busca nos registros de doadores voluntários, tanto no REDOME (o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) como nos do exterior. No Brasil a mistura de raças dificulta a localização de doadores compatíveis. Mas hoje já existem mais de 12 milhões de doadores em todo o mundo. No Brasil, o REDOME tem mais de 1 milhão e 400 mil doadores.

Doação de Medula Óssea
O número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Agora há 1,6 milhão de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). A evolução no número de doadores deveu-se aos investimentos e campanhas de sensibilização da população, promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA. Essas campanhas mobilizaram hemocentros, laboratórios, ONGs, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos crescerem 4.308,51% de 2001 a 2009.


Fonte: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=125

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Caxumba


A caxumba (Parotidite*) é uma doença infecciosa imunoprevenível de transmissão respiratória. A infecção é causada pelo vírus da caxumba e, freqüentemente, resulta em manifestações discretas ou é assintomática. A doença geralmente tem evolução benigna e é mais comum em crianças, mas pode ocorrer com maior gravidade em adultos susceptíveis (não imunes). Durante a gravidez a infecção pelo vírus da caxumba pode resultar em aborto espontâneo, porém não existem evidências de que possa causar mal-formações congênitas. Como regra geral, a imunidade é permanente, ou seja, a caxumba comumente ocorre apenas uma vez na vida.

Transmissão

O vírus tem distribuição universal e a doença ocorre mais freqüentemente em regiões com baixa cobertura vacinal. O ser humano é o único hospedeiro natural do vírus da caxumba e a doença geralmente ocorre apenas uma vez na vida. A transmissão para uma pessoa susceptível ocorre através do contato com as secreções respiratórias (gotículas de saliva, espirro, tosse) de um indivíduo infectado, mesmo quando assintomático. O período de transmissibilidade da caxumba começa uma semana antes e vai até nove dias após o aparecimento de inflamação nas glândulas salivares (mais comumente das parótidas).

Após a transmissão, o vírus da caxumba se replica na mucosa da nasofaringe e nos gânglios linfáticos regionais. Entre 12 e 25 dias após a infecção, ocorre disseminação do vírus através da corrente sangüínea (viremia). Durante o período de viremia, que dura de 3 a 5 dias, existe a possibilidade de disseminação para as glândulas salivares, meninges, pâncreas, testículos e ovários. A infecção pelo vírus da caxumba, produzindo ou não manifestações clínicas, geralmente resulta em imunidade permanente. A reinfecção, embora possivel, é muito rara e, em geral, é inteiramente assintomática ou produz manifestações clínicas discretas.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico depende do quadro clínico e da complementação laboratorial dirigida à comprovação etiológica ou às eventuais complicações. Os níveis de amilase costumam elevar-se com a tumefação da parótida. O diagnóstico microbiológico se faz por sorologia e cultura viral, o imunoensaio enzimático para anticorpos IgM e IgG anticaxumba são os mais usados. A cultura do vírus da caxumba pode ser feito. O teste cutâneo não é confiável nem para diagnóstico nem para determinar suscetibilidade. Não existe tratamento curativo.


Prevenção

A vacina é eficaz e sem efeitos colaterais apreciáveis. É feita com a MMR (tríplice viral) entre 12 e15 meses (1ª), 4 e 6 anos (2ª) e 11 e 12 anos (3ªdose). Confere imunidade de 97 % contra a infecção natural. Os anticorpos maternos são protetores durante o primeiro semestre de vida. Os nascidos antes de 1957 são considerados imunes à caxumba.

FOnte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?645

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Úlcera por Pressão


Apesar da falta de estatística no Brasil sobre úlcera por pressão, o problema é
constante nas pessoas acamadas, sugerindo um cuidado inadequado prestado pelos
profissionais de saúde. A equipe de enfermagem é a mais atuante junto aos pacientes
acamados, uma vez que permanecem ao lado do paciente e de sua família tempo integral
durante a hospitalização. Por esta razão, os profissionais de enfermagem são os principais
responsáveis na prevenção do aparecimento dessas feridas. Porém, sabe-se que a atuação deve
ser multiprofissional, pois a predisposição para o desenvolvimento das úlceras por pressão é
multifatorial.
Percebe-se a importância do conhecimento de toda a equipe envolvida no cuidado e
também do bom senso das unidades de saúde para o controle do problema que pode ser
evitado. No mercado já existem inúmeros produtos e dispositivos para a prevenção e
tratamentos das úlceras por pressão, cada qual com sua especificidade, individualidade e
custo, exigindo apenas conhecimento dos profissionais para a escolha adequada.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Herpes Simples Genital


Conceito
Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é, em geral, mais intensa e demorada que as subsequentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises podem ser desencadeadas por fatores tais como stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo virus e não apresentar ou nunca ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmití-lo a(ao) parceira(o) numa relação sexual.

Sinônimos
Herpes Genital

Agente
Virus do Herpes Genital ou Herpes Simples Genital ou HSV-2. É um DNA vírus.
Observação: Outro tipo de Herpes Simples é o HSV-1, responsável pelo Herpes Labial. Tem ocorrido crescente infecção genital pelo HSV-1 e vice-versa, isto é, infecção labial pelo HSV-2, certamente em decorrência do aumento da prática do sexo oral ou oro-genital.

Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatais. Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações genitais. Proctite. Complicações neurológicas etc.

Transmissão
Frequentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-nascido na hora do parto.

Período de Incubação
1 a 26 dias. Indeterminado se se levar em conta a existência de portadores em estado de latência (sem manifestações) que podem, a qualquer momento, manifestar a doença.

Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico). A cultura e a biópsia são raramente utilizados.

Tratamento
Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises.

Prevenção
Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. Escolha do(a) parceiro(a).

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Fibrose Cística


A Fibrose Cística, Fibrose Quística ou Mucoviscidose, é uma doença herdada genéticamente, logo não contagiosa. É uma doença complexa e incurável. Na maioria das vezes é diagnosticada na infância, embora também possa ser diagnosticada na adolescência ou idade adulta. O gene "defeituoso" é transmitido pelo pai e pela mãe (embora nenhum dos dois manifeste a doença), e é responsável pela alteração do transporte de íons através das membranas das células. Chamado de CFTR (regulador de condutância transmembranar de fibrose cística), este gene intervém na produção de suor, dos sucos digestivos e dos mucos. Isso compromete o funcionamento das glândulas exócrinas que produzem substâncias (muco, suor ou enzimas pancreáticas) mais espessas e de difícil eliminação. Em resumo, a FC é causada por uma alteração genética que faz com que toda a secreção do organismo do paciente seja mais grossa, o que desencadeia graves alterações no sistema respiratório, digestivo e reprodutor.

Sistema Respiratório: O muco espesso bloqueia os canais dos brônquios ocasionando dificuldades para respirar, causando tosse crônica, infecções de repetição, pneumonias, e em casos mais graves bronquiectasia (alargamento ou distorção irreversível dos brônquios, sendo que o tratamento na maioria das vezes é cirurgico).

Sistema Digestório: O muco espesso evita que as enzimas digestivas, necessárias à digestão, cheguem ao intestino, levando assim a desnutrição do paciente.

Sistema Reprodutor: As alterações são diferentes entre os sexos: as mulheres têm a fertilidade diminuída, mas têm chances de engravidar. Já os homens produzem espermatozóides, contudo a maioria é infértil em função da obstrução do canal deferente (que transporta os espermatozóides até o testículo).



a "fibrose cística" se manifesta por várias formas. Os principais sintomas a tosse crônica encatarrada, pneumonias frequentes, obstrução intestinal nos primeiros dias após o nascimento, deficiência de ganho de peso e altura, fezes volumosas, mal digeridas e com restos de alimentos, com excesso de gordura, cuja principal característica é o suor é extremamente salgado.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Hepatite B


Conceito
Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus) que se exterioriza por um espectro de síndromes que vão desde a infecção inaparente e subclínica até a rapidamente progressiva e fatal.
Os sintomas, quando presentes, são : falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarréia, dores articulares, icterícia (amarelamento da pele e mucosas) entre os mais comuns.

Sinônimos
Hepatite sérica.

Agente
HBV (Hepatitis B Virus), que é um vírus DNA (hepadnavirus)

Complicações/Consequências
Hepatite crônica, Cirrose hepática, Câncer do fígado (Hepatocarcinoma), além de formas agudas severas com coma hepático e óbito.

Transmissão
Através da solução de continuidade da pele e mucosas. Relações sexuais. Materiais ou instrumentos contaminados: Seringas, agulhas, perfuração de orelha, tatuagens, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, procedimentos de manicure ou pedicure etc. Transfusão de sangue e derivados. Transmissão vertical : da mãe portadora para o recém-nascido, durante o parto (parto normal ou cesariana). O portador crônico pode ser infectante pelo resto da vida.

Período de Incubação
30 à 180 dias (em média 75 dias).

Diagnóstico
É feito através de exames realizados no sangue do paciente.

Tratamento
Não há medicamento para combater diretamente o agente da doença, tratam-se apenas os sintomas e as complicações.

Prevenção
Vacina, obtida por engenharia genética, com grande eficácia no desenvolvimento de níveis protetores de anticorpos (3 doses). Recomenda-se os mesmo cuidados descritos na prevenção da AIDS, ou seja, sexo seguro e cuidados com a manipulação do sangue.

Fibrose Pulmonar


A Fibrose Pulmonar é uma doença progressiva que determina uma substituição do pulmão normal por um tecido cicatricial. Este processo leva a um endurecimento da estrutura pulmonar, causando uma redução do seu tamanho, determinando um prejuízo em seu funcionamento.

A Fibrose Pulmonar é chamada de idiopática, quando não se consegue estabelecer a sua causa, sendo esta a maior parte dos casos. Em alguns pacientes, a Fibrose Pulmonar pode ser secundária a outras doenças intersticiais pulmonares, exposição a substâncias nocivas ao pulmão, uso de medicamentos, fatores ambientais, etc. A Fibrose Pulmonar também está associada ao consumo de tabaco e existem casos de acometimento familiar.

A doença apresenta poucos sintomas em sua fase inicial, sendo muitas vezes confundida com enfermidades mais comuns como bronquite e infecções pulmonares. O diagnóstico pode ser feito através do exame clínico e estudo radiológico, mas muitas vezes somente a biópsia pulmonar pode diagnosticar com certeza o tipo de fibrose pulmonar que o paciente apresenta.

A Fibrose Pulmonar também pode ser diagnosticada através de exames de rotina, principalmente em idosos. Muitas vezes, está associada a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar). Costuma ocorrer em pessoas entre os 50 e 70 anos, tendo a incidência semelhante em ambos os sexos.

Vias de disseminação

A disseminação dos tumores pode ocorrer através de uma das três vias:

Implante Direto nas Cavidades Corporais ou nas Superfícies: O implante das Cavidades e das superfícies corporais pode ocorrer sempre que uma neoplasia maligna penetrar num “campo aberto” natural. Na maioria das vezes, ocorre na cavidade peritoneal, mas qualquer outra cavidade (pleural, pericárdica, subaracnóide e espaço articular) pode ser afetada.

Disseminação Linfática: O transporte através dos linfáticos é a via mais comum para a disseminação inicial dos carcinomas, e os sarcomas também podem usar esta via. Os tumores não contêm linfáticos funcionais, mas os vasos linfáticos localizados nas margens tumorais são aparentemente suficientes para a disseminação linfática das células tumorais.

Disseminação Hematogênica: A disseminação hematogênica é típica dos sarcomas, mas também é vista nos carcinomas. As artérias, com suas paredes mais espessas, são mais difíceis de penetrar do que as veias.

Metástase

As metástases são implantes tumorais separados do tumor primário. A metástase caracteriza-se de modo inequívoco um tumor como sendo maligno porque os tumores benignos não metastatizam.

A ivasividade dos tumores possibilita sua penetração nos vasos sanguíneos, linfáticos e cavidades corporais, criando a oportunidade para uma disseminação.

As principais exceções são os neoplasmas mais malignos das células da glia no sistema nervoso central, chamados de gliomas, e os carcinomas basocelulares da pele.

Esperança para o Câncer de Próstata


No Brasil, o câncer de próstata é o tumor malígno mais comum nos homens. O exame anual (toque retal) permite o diagnóstico precoce, aumentando a chance de cura, porém 30% dos casos são reincidentes.Pesquisadores da Faculdade de Medicina Da Universidade De São Paulo estudam a possibilidade de usar moléculas celulares para manter as células coesas, impossibilitando a diseminação (malignidade), utilizando como terapia precoce, aumentaria a chance de cura e poderia ser usada em outros tipos de cânceres. A relação entre perda de adesão celular e progressões do tumor deu-se ao analisar casos avançados da doença.

O câncer de útero


O câncer de útero geralmente surge no corpo do útero, principalmente na sua porção mais interna, no endométrio.Sabe-se que o câncer uterino ocorre com mais freqüência nas mulheres após a menopausa. Isso acontece porque depois dessa idade, o endométrio tem uma tendência a ficar fino e delicado. Nas mulheres com aumento dos níveis de estrógeno no sangue, o endométrio pode ficar mais inchado, facilitando o surgimento do câncer de útero.
Existem tumores que surgem no músculo do corpo do útero. Os benignos são muito comuns e são popularmente chamados de miomas. A versão maligna do mioma é muito rara, e é chamada de sarcoma uterino. Por serem muito raros e com tratamento diferente, neste texto citaremos apenas o câncer de endométrio.

Quais os sintomas do câncer de útero?

O principal sintoma relacionado ao câncer de útero é o sangramento semelhante a menstruação após a menopausa, mas também pode ocorrer simultaneamente ao começo da menopausa. Portanto, se houver sangramento em algum período em que as menstruações pararem definitivamente e/ou começar a ocorrer fora do período de menstruação, a mulher deve procurar o seu ginecologista imediatamente. O sangramento pode começar de forma aquosa e depois tornar-se mais espesso.
Além do sangramento, alguns outros sintomas podem ser considerados sintomas do câncer de útero ou alguma outra condição menos grave:
  • Dificuldade ou dor na urina
  • Dores durante a relação sexual
  • Dor na área pévica
Quais as diferenças existentes entre o câncer de útero e o câncer de colo de útero?
O câncer de útero surge no corpo uterino, enquanto que o câncer de colo de útero surge exclusivamente no colo do útero. A principal diferença na prática é que o colo uterino é a parte do útero que é possível ser vista no exame ginecológico e sua prevenção é feita com a coleta do Papanicolaou.
O câncer do útero surge no corpo uterino em uma porção interna do órgão, portanto, ela não pode ser visualizada no exame ginecológico. Existe a suspeita de que o paciente pode estar com câncer de útero quando o colo uterino está normal ao exame ginecológico, mas ainda ocorre sangramento uterino - mesmo após a menopausa. O Papanicolaou não costuma detectar de maneira eficaz o câncer do útero, pois ele é colhido apenas no colo e não no corpo do útero.

Câncer de Pênis


O câncer de pênis é neoplasia que acomete o pênis. É uma patologia relativamente rara, mas no Brasil, ocorre uma das maiores incidências do mundo.

É uma doença que assusta muito, pois seu tratamento é mutilante, uma vez que é necessária a amputação (retirada) de parte do pênis ou, em alguns casos, do órgão inteiro.

Porém é muito fácil evitá-la. Basta que se faça a higiene adequada do órgão masculino.

Os principais fatores de risco para esse câncer são o esmegma (aquele “sebo” branco que se acumula na glande – “cabeça do pênis”) e a fimose (quando o prepúcio – pele que recobre a glande – é muito “apertado” e não permite a exposição da glande). Como a fimose impede a visualização da glande, não é possível lavá-la, acumulando “sujeira”, que leva ao risco de formar o câncer do pênis.

Assim, no caso de fimose em você ou seu filho, procure um urologista para o tratamento adequado.

E lembre-se de lavar corretamente seu pênis. Puxe o prepúcio (pele), expondo completamente a glande (“cabeça do pênis”) e lave com água e sabão neutro, ao tomar banho e após relações sexuais. Depois, enxugue a região. Também é importante puxar a pele quando for urinar, para não acumular urina na região.


Fonte:www.cliquecontraocancer.com.br

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tromboembolismo Sistêmico

Refere-se aos êmbolos que viajam dentro da circulação arterial, a maioria surge de trombos murais intracardíacos, dois terços dos quais estão associados a infartos da parede ventricular esquerda e outro quarto com átrios esquerdos dilatados e fibrilantes. O restante origina-se de aneurismas aórticos, trombos nas placas ateroscleróticas ulceradas, ou fragmentação de uma vegetação valvular, com uma fração pequena devido aos êmbolos paradoxais; 10% a 15% dos êmbolos sistêmicos são de origem desconhecida. Já os êmbolos venosos tendem a se alojarem principalmente num leito vascular (ex. pulmão), os êmbolos arteriais podem viajar para uma ampla variedade de locais; o ponto de interrupção do êmbolo depende da fonte do tromboêmbolo e do volume do fluxo sanguíneo através da corrente tecidual.
Os principais locais para a embolização arteriolar são:
  • Extremidades inferiores;
  • Cérebro;
  • Intestinos;
  • Rins;
  • Pâncreas e;
  • Extremidades superiores.

Choque

O choque é a via final comum a um número de eventos clínicos potencialmente letais, incluindo hemorragia grave, trauma extensivo ou queimaduras, grande infarto miocárdio, embolia pulmonar maciça e sepse microbiana. O choque dá origem à hipoperfusão sistêmica causada pela redução no débito cardíaco ou no volume sanguíneo circulante efetivo.

Características do Choque:
  • Pele pálida e úmida
  • Extremidades frias
  • Colapso das veias superficiais
  • Hipotensão arterial
  • Distúrbios do estado de consciência
  • Insuficiência respiratória
  • Insuficiência renal
Obs: Na fase inicial do choque séptico as características são: pele rosada, quente e bem-irrigada.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Hiperemia


A hiperemia é um aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local, ocasionado pelo aumento do número de vasos sanguíneos funcionais.

O grande volume de sangue presente nesse caso provoca eritema, pulsação local e calor.A hiperemia é acompanhada de prévia isquemia ou pode estar sob a tríade isquemia-hiperemia-inflamação.

É dividida em hiperemia ativa e hiperemia passiva ou congestão.

  • A Hiperemia Ativa é causada por uma dilatação arterial ou arteriolar que provoca um aumento do fluxo sangüíneo nos leitos capilares, com abertura da capilares inativos.
  • A Hiperemia Passiva(Congestão) decorre de diminuição da drenagem venosa.


  • Hiperemia arterial: orgãos em atividade, inflamação, queimaduras, radiação, venenos.
  • Hiperemia Venosa: interferência na drenagem venosa devido a doenças primárias ou secundárias a região.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Edema



Aproximadamente 60% do peso corporal magro consistem em água; dois terços desta água são intracelulares e o restante é encontrado no espaço extracelular, na maioria das vezes como líquido intersticial.

O termo edema significa líquido elevado nos espaços teciduais intersticiais. Dependendo do local, as coleções líquidas em diferentes cavidades corporais são variadamente denominadas hidrotórax, hidropericárdio e hidroperitônio.

Os principais mecanismos causadores do edema são o aumento da pressão dentro dos vasos (pressão hidrostática) e a diminuição da concentração de proteínas no sangue (pressão oncótica). Ambos facilitam a passagem de líquidos dos vasos para o espaço intersticial.

Edema generalizado ou anasarca acontece quando o mesmo se espalha por todo o corpo e nas cavidades pré-formadas. Pode ocorrer também dentro do abdômen ascite e dentro do pulmão.

Hemorragia



Hemorragia indica, em geral, extravasamento de sangue devido à ruptura do vaso. O sangramento capilar pode ocorrer sob condições de congestão crônica e uma tendência aumentada à hemorragia de lesão geralmente insignificante é vista numa grande variedade de disfunções coletivamente clínicas denominadas diáteses hemorrágicas.

A hemorragia pode ser manifestada em uma variedade de padrões, dependendo do tamanho, da extensão e da localização do sangramento.

O significado clínico da hemorragia depende do volume e da taxa de sangramento. A rápida perda de até 20% do volume sanguíneo ou perdas lentas de até grandes quantidades pode ter pouco impacto em adultos sadios; perdas maiores, entretanto, podem resultar em choque hemorrágico.

O local da hemorragia também é importante; o sangramento que seria trivial nos tecidos subcutâneos pode causar morte se localizado no cérebro, pois o crânio é inflexível e o sangramento lá pode resultar num aumento da pressão intracraniana e herniação.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Embolia


Um êmbolo é uma massa intravascular solta, sólida, líquida, ou gasosa que é carregada pelo sangue a um local distante de seu ponto de origem. Quase todos os êmbolos representam alguma parte de um trombo desalojado; por conseguinte, o termo comumente utilizado é tromboembolismo.

A causa mais comum e evitável de morte em pacientes hospitalizados é o tromboembolismo pulmonar. A maioria dos casos é provocada por êmbolos que surgem de trombose de veias profundas das pernas e o diagnóstico é difícil porque dão sintomas incaracterísticos e a maioria dos casos é de resolução espontânea. As consequências clínicas do embolismo pulmonar dependem da extensão do bloqueio vascular pulmonar e do tempo de evolução.

Alguns tipos de embolia:

Embolia gordurosa: A Embolia gordurosa geralmente tem origem em fraturas de ossos longos, a gordura é liberada pela medula óssea ou lesão do tecido adiposo e entra na circulação pela ruptura dos sinusóides vasculares medulares ou das vênulas.

Embolia Gasosa: A embolia gasosa é a obstrução dos vasos sangüíneos por bolhas de ar na corrente sangüínea, geralmente decorrentes da expansão do ar nos pulmões com a diminuição da pressão durante a subida à superfície em um mergulho.

Embolia do Líquido Amniótico:
Embolia pulmonar que ocorre após o parto, por passagem de parte do líquido amniótico para a circulação da mãe.

Infarto


Um infarto é uma área de necrose isquêmica causada pela oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa num tecido particular. O infarto envolvendo órgãos diferentes é uma causa comum e extremamente importante de enfermidades clínicas. O infarto pulmonar é uma complicação comum num número de cenários clínicos, infarto intestinal é frequentemente fatal e a necrose isquêmica das extremidades é um problema grave na população diabética.

Quase 99% de todos os infartos resultam de eventos trombóticos ou embólicos e quase todos resultam da oclusão arterial.

O infarto pode também ser causado por outros mecanismos, como vasoespasmo local, expansão de um ateroma devido à hemorragia dentro de uma placa, ou compressão extrínseca de um vaso.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Linfócitos T

Os linfócitos são as únicas células no corpo capazes de especificamente reconhecer e distinguir determinantes antigênicos diferentes e, por essa razão, são responsáveis pelas duas características que definem a resposta imune adaptativa: especificidade e memória. Essa capacidade é dada pela presença do receptor para antígenos na sua superfície (TCR).

Diferentemente das imunoglobulinas, o TCR não é secretado rotineiramente como forma de combate às infecções e sua função é exclusivamente de reconhecer o antígeno e servir de sinalizador na superfície celular. Assim, pode-se argumentar que, enquanto as imunoglobulinas (Ig) evoluíram para lidar com antígenos solúveis nos líquidos corpóreos, os linfócitos T invariavelmente reconhecem antígenos na superfície celular em associação com o MHC apropriado.

Os linfócitos T, como todas as células sanguíneas, são derivados de precursores oriundos da medula óssea, mas distinguem-se dessas células, pois, na sua maioria, passam pelo processo de maturação no timo e não na medula óssea.

Generalidades sobre o Sistema Imune

A resposta imune está relacionada com o reconhecimento e a eliminação do agente estranho de maneira altamente discriminatória. Para esse objetivo, ela apresenta algumas características básicas muito importantes:

Especificidade: Os produtos da resposta imune (anticorpos, linfócitos T sensibilizados) reagem apenas com o material antigênico idêntico ou similar ao que deu origem à resposta.

Heterogeneidade: A resposta imune envolve população heterogênea de células capazes de reagir com o antígeno específico.

Amplificação: Utilização de sistemas inespecíficos mediados por produtos solúveis capazes de expandir a resposta específica.

Memória: Capacidade de reconhecer o material antigênico em reexposições subseqüentes, permitindo resposta mais rápida e intensa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Adesão Leucocitária e Transmigração

A adesão leucocitária e a transmigração são reguladas principalmente pela ligação de moléculas de adesão complementares no leucócito e na superfície endotelial, e pelos mediadores químicos (quimiotoxinas e determinadas citocinas) que afetam esses processos modulando a expressão na superfície ou avidez dessas moléculas de adesão. Os receptores de adesão envolvidos pertencem a quatro famílias moleculares (as selectinas, a superfamília das imunoglobulinas, as integrinas e as glicoproteínas semelhantes à mucina).

O recrutamento dos leucócitos para os locais de lesão e infecção é um processo que contém várias etapas, envolvendo a ligação dos leucócitos circulantes às células endoteliais e sua migração através do endotélio. Os eventos iniciais incluem a indução das moléculas de adesão nas células endoteliais por meio de vários mecanismos. Mediadores, como a histamina, a trombina e o fator de ativação das plaquetas , estimulam a redistribuição da P-selectina de seus grânulos de armazenamento intracelular para a superfície celular.

Os leucócitos expressam carboidratos que se ligam às selectinas endoteliais nas pontas de suas microvilosidades. Essas interações são de baixa afinidade, com uma taxa de desligamento muito rápida, sendo facilmente interrompidas pelo fluxo sanguíneo. Consequentemente , os leucócitos ligados ao endotélio se soltam e se ligam novamente, rolando ao longo da superfície endotelial.

Inflamação Granulomatosa



É um padrão distinto de reação inflamatória crônica, caracterizada pelo acúmulo focal de macrófagos ativados, que geralmente desenvolvem uma aparência epitelióide (semelhante ao epitélio).



Ocorre em algumas condições imunomediadas em doenças infecciosas e em doenças não infecciosas. A tuberculose, sífilis, hanseníase e a doença da arranhadura do gato são algumas condições em que esse tipo de inflamação se desenvolve. Um granuloma consiste em um agrupado de macrófagos epitelióides cercados por um colar de leucócitos mononucleares, especialmente linfócitos , e ocasionalmente plasmócitos.Os granulomas podem ser de dois tipos, o granuloma de corpo estranho (células gigantes de corpo estranho), ou granuloma imune.




quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vitiligo

Vitiligo é uma doença não-contagiosa em que ocorre a perda da pigmentação natural da pele. O estresse físico, emocional, e ansiedade são fatores comuns no desencadeamento ou agravamento da doença.

O vitiligo caracteriza-se pela redução no número ou função dos melanócitos, células localizadas na epiderme responsáveis pela produção do pigmento cutâneo — a melanina.

No início da doença surgem manchas hipocrômicas, depois acrômicas de limites nítidos, geralmente com bordas hiperpigmentadas, com forma e extensão variáveis.


As áreas mais comumente afetadas são: punhos, dorso das mãos, dedos, axilas, pescoço, genitália, ao redor da boca, olhos, cotovelos, joelhos, virilha e antebraços.

O vitiligo pode surgir em qualquer idade.

Cicatrização

Cicatrização é quando o processo de reparo se faz à custa da proliferação do tecido conjuntivo fibroso, em que o tecido preexistente fica substituído por uma cicatriz. O processo de cicatrização é considerado como um seguimento do processo inflamatório que provocou perda de substância, pois na inflamação o reparo se faz presente desde a fase aguda.
O reparo também ocorre após perda de tecido por infarto, hemorragias, por ressecção cirúrgica, etc.

O processo de cicatrização ocorre em quatro fases importantes:

1.
Limpeza
2.Retraçã
3.Tecido de granulação
4.Reepitelização












quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Padrões Morfológicos da Inflamação Aguda

Padrões Morfológicos da Inflamação Aguda

Inflamação aguda, sua causa especifica e o tecido envolvido introduzem variações morfológicas nos padrões básicos. Vários tipos de inflamação são reconhecidos, variando em sua morfologia e nas relações clínicas.

Inflamação Serosa

A inflamação serosa é um extravasamento exagerado de um fluído diluído que, dependendo do tamanho da lesão, é derivado do plasma ou da secreção das células mesoteliais que recobrem as cavidades peritoneal, pleural e pericárdia.

Inflamação Fibrinosa

Com lesões mais graves e a maior permeabilidade vascular que elas acarretam moléculas maiores, como o fibrinogênio, passam a barreira vascular, formando a fibrina, que se deposita no espaço extravascular.
Um exsudato fibrinoso se desenvolve quando o extravasamento vascular é grande o suficiente ou quando existe um estímulo no interstício que inicie a coagulação. O exsudato fibrinoso é característico na inflamação dos tecidos que recobrem as cavidades corporais, como as meninges, o pericárdio e a pleura.
Exsudatos fibrinosos podem ser removidos por fibrinólise e eliminação dos restos pelos macrófagos.


Inflamação Supurativa ou Purulenta

A inflamação supurativa ou purulenta é caracterizada pela produção de grandes quantidades de pus ou de exsudato purulento consistindo de neutrófilos, células necróticas e edema. Algumas bactérias produzem essa supuração localizada e são chamadas de bactérias piogênicas, que são bactérias que produzem pus.



Úlceras

Uma úlcera é um defeito local, ou escavação, da superfície de um órgão ou tecido, produzindo pela esfoliação do tecido inflamatório necrótico. A ulceração ocorre somente quando a necrose tissular e o processo inflamatório resultante ocorrem em uma superfície ou próximo a ela.

Sistema do Complemento

O sistema do complemento consiste em 20 proteínas, que são encontradas em maior concentração no plasma. O sistema atua tanto na imunidade natural quanto na adquirida contra agentes microbianos. No processo de ativação do complemento, são elaborados vários componentes que causam um aumento da permeabilidade vascular, quimiotaxia e opsonização.
As proteínas do complemento estão presentes no plasma em sua forma inativa e são numeradas de C1 a C9. Muitas delas, quando ativadas, tornam-se enzimas proteolíticas que degradam outras proteínas do complemento, formando, assim, uma cascata capaz de gerar enorme amplificação enzimática.
As funções biológicas do sistema do complemento se enquadram em duas categorias: lise celular pelo MAC e os efeitos dos fragmentos proteolíticos do complemento.
Entre os componentes do complemento, C3 e C5 são os mediadores mais importantes, C3 e C5 podem ser ativados por várias enzimas proteolíticas presentes no exsudato inflamatório.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Histamina

A histamina está distribuída por todos os tecidos, sendo que os mastócitos, normalmente presentes no tecido conjuntivo e próximos aos vasos sanguíneos, são sua fonte principal. Ela é encontrada também nos basófilos e nas plaquetas do sangue. A histamina pré-formada está presente nos grânulos dos mastócitos e é liberada pela desgranulação dessas células em resposta a vários estímulos:

• Lesão física com trauma, frio ou calor;
• Reações imunológicas envolvendo a ligação de anticorpos aos mastócitos;
• Pelos fragmentos do complemento chamados de anafilatoxinas;
• Proteínas leucocitárias que liberam a histamina;
• Neuropeptídeos a substâncias;
• Citocinas.

Nos seres humanos, a histamina causa dilatação das arteríolas e aumenta a permeabilidade das vênulas. Ela é considerada o principal mediador da fase transitória imediata do aumento da permeabilidade vascular, causando fendas venulares.

Serotonina


A serotonina é um mediador vasoativo pré-formado com ações semelhantes às da histamina. Está presente nas plaquetas e nas células enterocromafim, e nos roedores também nos mastócitos.

A liberação de serotonina das plaquetas é estimulada quando ocorre a agregação plaquetária após contato com colágeno, trombina, difosfato de adenosina e complexos antígeno-anticorpo.

Fagocitose


A fagocitose e a liberação de enzimas pelos neutrófilos e macrófagos são responsáveis pela eliminação de agentes nocivos, constituindo, assim, dois dos maiores benefícios derivados do acúmulo de leucócitos no foco inflamatório.
A fagocitose envolve três etapas:

• Reconhecimento e ligação da partícula a ser ingerida pelo leucócito;
• Sua captura, com a subseqüente formação do vacúolo fagocitário;
• Morte ou degradação do material ingerido.

Apesar de os neutrófilos e macrófagos serem capazes de capturar bactérias e materiais estranhos sem a ligação de receptores específicos, a fagocitose de microrganismos e de células mortas é tipicamente iniciada pelo reconhecimento das partículas por receptores expressos na superfície dos leucócitos.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Inflamação

Inflamação é uma reação caracterizada por reação de vasos sanguíneos, levando ao acúmulo de fluidos e leucócitos com objetivos de destruir, diluir e isolar os agentes lesivos. A inflamação é um processo capaz de causar lesão celular ou tecidual.

A inflamação é fundamentalmente um mecanismo de defesa cujo objetivo final é a eliminação da causa inicial da lesão celular e das conseqüências de tal lesão. Sem a inflamação, as infecções se desenvolveriam descontroladamente, as feridas nunca cicatrizariam e o processo destrutivo nos órgãos atacados secaria permanente.

Porém existe ocasiões em que o processo inflamatório pode interferir seriamente na função do órgão acometido, podendo até mesmo levar a uma condição mais ameaçadora que a agressão inicial que o determinou. Nesses casos, ocorre a perda do controle homeostático na resposta, assumindo a inflamação um papel destrutivo, maléfico ao organismo.

Alguns exemplos:

  • Cirrose hepática;
  • Glomérulonefrites auto-imunes e por imunocomplexos;
  • Artrites reumatóides;
  • Ceratites;
  • Choque anafilático ;
  • Granuloma contra ovo do Schistosoma mansoni.

Manifestações clínicas

A inflamação tem alguns sinais e sintomas, que são:

  • Dor;
  • Calor;
  • Rubor;
  • Tumor.


Inflamação Aguda


A inflamação aguda é uma resposta rápida a um agente nocivo encarregada de levar mediadores da defesa do hospedeiro,( leucócitos e proteínas plamáticas) ao local da lesão. A inflamação aguda possui três componentes principais:
  • Alterações no calibre vascular;
  • Alterações estruturais na microcirculação;
  • Emigração dos leucócitos da microcirculação.
Estímulos para a Inflamação Aguda
As reações inflamatórias agudas são desencadeadas por vários estímulos:
  • Infecções (bacteriana, viral);
  • Trauma (contusão);
  • Agentes físicos e químicos (lesão térmica: ex: queimadura ou congelamento);
  • Necrose tissular;
  • Corpos estranhos (farpas, terra);
  • Reações imunológicas.
Cada um desses estímulos pode induzir reações com algumas características distintas, mas todas as reações inflamatórias apresentam características em comum.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Calcificação Patológica


A calcificação patológica é a deposição anormal de sais de cálcio, juntamente com pequenas quantidades de ferro, magnésio e outros sais minerais nos tecidos, existem duas formas de calcificação patológica, quando a deposição é local, em tecidos que estão morrendo, é chamada de calcificação distrófica; ela ocorre apesar de os níveis séricos de cálcio serem normais e também na ausência de alterações no metabolismo de cálcio, por outro lado, a deposição de sais de cálcio em tecidos normais é conhecida como calcificação metastática e quase sempre resulta da hipercalcemia secundária a algum distúrbio no metabolismo do cálcio.

Calcificação Distrófica: A calcificação distrófica é encontrada em áreas de necrose, ela pode ser de coagulação, caseosa ou de liquefação, e em focos de necrose gordurosa enzimática, a calcificação é praticamente inevitável nos ateromas da aterosclerose avançada, ela também ocorre normalmente nas valvas cardíacas dos idosos ou danificadas, dificultando ainda mais a sua função. Apesar de a calcificação distrófica poder ser simplismente um sinal de uma lesão celular prévia, ela geralmente causa disfunção do orgão, é esse o caso da doença valvar calcificada e da aterosclerose.

Calcificação Metastática: A calcificação metastática pode ocorrer em tecidos normais sempre que houver hipercalcemia, a hipercalcemia também exarceba a calcificação distrófica. Existem quatro causas principais da hipercalcemia:
  • Aumento da secreção do hormônio da paratireóide;
  • A destruição de tecido ósseo;
  • Desordens relacionadas a vitamina D;
  • Insuficiência renal.
A calcificação metastática pode ocorrer em todo o corpo, mas afeta principalmente os tecidos interticiais da mucosa gástrica, rins, pulmões, artérias sistêmicas e veias pulmonares, apesar de representarem localizações bem diversas, todos esses tecidos perdem ácido, tendo, portanto, um compartimento alcalino interno que predispõe à calcificação metastática.