quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Linfócitos T

Os linfócitos são as únicas células no corpo capazes de especificamente reconhecer e distinguir determinantes antigênicos diferentes e, por essa razão, são responsáveis pelas duas características que definem a resposta imune adaptativa: especificidade e memória. Essa capacidade é dada pela presença do receptor para antígenos na sua superfície (TCR).

Diferentemente das imunoglobulinas, o TCR não é secretado rotineiramente como forma de combate às infecções e sua função é exclusivamente de reconhecer o antígeno e servir de sinalizador na superfície celular. Assim, pode-se argumentar que, enquanto as imunoglobulinas (Ig) evoluíram para lidar com antígenos solúveis nos líquidos corpóreos, os linfócitos T invariavelmente reconhecem antígenos na superfície celular em associação com o MHC apropriado.

Os linfócitos T, como todas as células sanguíneas, são derivados de precursores oriundos da medula óssea, mas distinguem-se dessas células, pois, na sua maioria, passam pelo processo de maturação no timo e não na medula óssea.

Generalidades sobre o Sistema Imune

A resposta imune está relacionada com o reconhecimento e a eliminação do agente estranho de maneira altamente discriminatória. Para esse objetivo, ela apresenta algumas características básicas muito importantes:

Especificidade: Os produtos da resposta imune (anticorpos, linfócitos T sensibilizados) reagem apenas com o material antigênico idêntico ou similar ao que deu origem à resposta.

Heterogeneidade: A resposta imune envolve população heterogênea de células capazes de reagir com o antígeno específico.

Amplificação: Utilização de sistemas inespecíficos mediados por produtos solúveis capazes de expandir a resposta específica.

Memória: Capacidade de reconhecer o material antigênico em reexposições subseqüentes, permitindo resposta mais rápida e intensa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Adesão Leucocitária e Transmigração

A adesão leucocitária e a transmigração são reguladas principalmente pela ligação de moléculas de adesão complementares no leucócito e na superfície endotelial, e pelos mediadores químicos (quimiotoxinas e determinadas citocinas) que afetam esses processos modulando a expressão na superfície ou avidez dessas moléculas de adesão. Os receptores de adesão envolvidos pertencem a quatro famílias moleculares (as selectinas, a superfamília das imunoglobulinas, as integrinas e as glicoproteínas semelhantes à mucina).

O recrutamento dos leucócitos para os locais de lesão e infecção é um processo que contém várias etapas, envolvendo a ligação dos leucócitos circulantes às células endoteliais e sua migração através do endotélio. Os eventos iniciais incluem a indução das moléculas de adesão nas células endoteliais por meio de vários mecanismos. Mediadores, como a histamina, a trombina e o fator de ativação das plaquetas , estimulam a redistribuição da P-selectina de seus grânulos de armazenamento intracelular para a superfície celular.

Os leucócitos expressam carboidratos que se ligam às selectinas endoteliais nas pontas de suas microvilosidades. Essas interações são de baixa afinidade, com uma taxa de desligamento muito rápida, sendo facilmente interrompidas pelo fluxo sanguíneo. Consequentemente , os leucócitos ligados ao endotélio se soltam e se ligam novamente, rolando ao longo da superfície endotelial.

Inflamação Granulomatosa



É um padrão distinto de reação inflamatória crônica, caracterizada pelo acúmulo focal de macrófagos ativados, que geralmente desenvolvem uma aparência epitelióide (semelhante ao epitélio).



Ocorre em algumas condições imunomediadas em doenças infecciosas e em doenças não infecciosas. A tuberculose, sífilis, hanseníase e a doença da arranhadura do gato são algumas condições em que esse tipo de inflamação se desenvolve. Um granuloma consiste em um agrupado de macrófagos epitelióides cercados por um colar de leucócitos mononucleares, especialmente linfócitos , e ocasionalmente plasmócitos.Os granulomas podem ser de dois tipos, o granuloma de corpo estranho (células gigantes de corpo estranho), ou granuloma imune.




quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vitiligo

Vitiligo é uma doença não-contagiosa em que ocorre a perda da pigmentação natural da pele. O estresse físico, emocional, e ansiedade são fatores comuns no desencadeamento ou agravamento da doença.

O vitiligo caracteriza-se pela redução no número ou função dos melanócitos, células localizadas na epiderme responsáveis pela produção do pigmento cutâneo — a melanina.

No início da doença surgem manchas hipocrômicas, depois acrômicas de limites nítidos, geralmente com bordas hiperpigmentadas, com forma e extensão variáveis.


As áreas mais comumente afetadas são: punhos, dorso das mãos, dedos, axilas, pescoço, genitália, ao redor da boca, olhos, cotovelos, joelhos, virilha e antebraços.

O vitiligo pode surgir em qualquer idade.

Cicatrização

Cicatrização é quando o processo de reparo se faz à custa da proliferação do tecido conjuntivo fibroso, em que o tecido preexistente fica substituído por uma cicatriz. O processo de cicatrização é considerado como um seguimento do processo inflamatório que provocou perda de substância, pois na inflamação o reparo se faz presente desde a fase aguda.
O reparo também ocorre após perda de tecido por infarto, hemorragias, por ressecção cirúrgica, etc.

O processo de cicatrização ocorre em quatro fases importantes:

1.
Limpeza
2.Retraçã
3.Tecido de granulação
4.Reepitelização